Um zé-ninguém - Identidade Perdida

Apesar do fato de nunca ter acontecido comigo, pelo menos não na vida real, acredito que deve ser uma dor de cabeça perder a carteira, contendo todos seus documentos pessoais, acho que nessas horas o dinheiro não importa (pelo menos eu não teria problema com isso, pois minha carteira esta sempre vazia),  mas só pelo fato de saber que vai ter que tirar tudo de novo e também o perigo de alguém acha-los e usa-los de forma inapropriada. Certa vez sonhei que perdi minha carteira, junto com todos os meus documentos e lembro que fiquei aliviado ao acordar e saber que tudo não passou de um sonho.
Morando aqui nos EUA conheço vários imigrantes ilegais, pessoas que não podem tirar carteira de motorista, não podem abrir contas em bancos, não podem nem ao menos ter um documento de identificação, pois eles, para o sistema americano, não existem, são uns “zé-ninguém”.

“Deus criou o homem para refletir sua glória, mas infelizmente o homem não faz isso.
As flores continuam lindas, como Deus queria que elas fossem. O Sol ainda brilha no alto firmamento. As sombras da noite caem e a lua mostra suas maravilhas, revelando-nos que as mãos que nos fez ‘e divina. Abelhas ainda coletam seu mel de flor em flor, e os pássaros cantam milhares de melodias e os Serafins entoam “Santo, Santo, Santo” diante do trono de Deus. No entanto, o homem arruína sua própria imagem. O homem, criado mais parecido com Deus do que qualquer outra criatura, se tornou muito menos parecido com Deus do que qualquer outra criatura.
Homem, criado para ser um espelho - para refletir a divindade - agora reflete apenas o seu próprio pecado.” (A.W. Tozer)

"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" Gn 1:26a

Deus criou o homem com um propósito e esse propósito deu ao homem uma “identidade”, algo que o diferenciasse dos outros animais criados por Ele.
Porem, com o pecado do homem, sua identidade foi perdida, tornando-o uma “criatura” sem as principais características com a qual fora criado. Adorar e glorificar seu Criador.
A primeira reação de Adão e Eva, após o pecado, foi se esconder de Deus, pois eles sabiam o que tinham feito e sabiam que estavam “fora da lei”, assim como acontece com alguns “motoristas” que dirigem sem habilitação e ao avistarem uma blitz policial, ou ate mesmo uma viatura, tentam fugir, se esconder, fazer algo para não serem descobertos.

Nossas igrejas estão repletas de pessoas que não tem mais “identidade”, e não estou falando dos descrentes, aqueles que se “identificam” com os cristãos, mas nunca aceitaram a Cristo como Salvador pessoal. Estou falando de cristãos, pessoas regeneradas, salvos pela graça, mas que perderam o real propósito de suas vidas: Glorificar a Deus.
Cristãos sem propósitos, sem compromisso, sem fidelidade, sem animo, sem caráter e por aí vai. Pessoas que colocam o “eu” na frente de Deus, pessoas que estão mais preocupadas consigo mesmas do que com o próximo (as vezes a única razão que se preocupa com o próximo e para fofocar). Cristãos sem identidade!

Você já checou seu bolso ou bolsa para ver se sua identidade continua lá?

Quarta, Quinta, Sexta - Não Importa!

Há entre os "estudiosos bíblicos" uma forte discussão sobre o dia da morte de Jesus.
Alguns defendem que Jesus morreu numa quarta-feira, fazendo alguns cálculos de acordo com o calendário judaico, etc... outros alegam que foi na Quinta e outros vão alem e dizem que foi na Sexta-feira, que pra mim 'e o dia que faz mas sentido.

Mas sera' que realmente importa saber o dia da morte de Jesus???

O que quero dizer 'e: sera' que vale a pena gastar tinta, papel, queimar alguns neurônios, dividir opiniões sobre um assunto, sendo que o principal foco 'e: Jesus Morreu!
'e Fato, 'e disso que precisávamos, um cordeiro substituto, alguém para morrer em nosso lugar. O sacrifício foi entregue, a promessa foi cumprida, o Salvador foi crucificado.


A reposta para pergunta acima, sobre a importância da morte de Jesus, em minha opinião, tem sim importância, eu tenho minha opinião, mas os argumentos contras e pros para cada dia são, ate' certo ponto, coerentes, mas não devemos deixar que discussões pormenores tirem nossa atenção do principal objetivo daquela semana, A CRUCIFICAÇÃO, A MORTE e RESSURREIÇÃO DE JESUS - AMEM - ou seria AMÉN?!? - fica para uma próxima discussão!

O BEIJO DA TRAIÇÃO

"Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os principais sacerdotes, e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. E desde então buscava ele oportunidade para o entregar." (Mateus 26:14-16)

Judas já tinha armado todo o plano para entregar Jesus. Já tinha ido até os principais sacerdotes, já tinha colocado sua proposta à mesa e também já tinha recebido sua parte no plano maquiavélico para matar Jesus.
Judas estava pronto para entregar aquele que o tinha escolhido para ser um apostolo; para trair aquele a quem tinha confiado a tesouraria de seu ministério (João 16:29); para engazopar (?) aquele que humildemente lhe havia lavados pés; para desprezar a amizade daquele que a quem viria chamá-lo de amigo (vs.50).

Mas o que chama a atenção nesse trecho é a ironia, o sarcasmo, a empáfia (?) de Judas, onde, no vs. 25, apos a declaração de Jesus sobre a traição que viria a sofrer, pergunta, sem nenhum receio, se era ele o tal. Se seria ele que trairia Jesus.

Jesus já sabia a resposta e além disso, o próprio Judas já sabia a resposta, na verdade foi ele que armou todo a plano. Sua conta bancária esta positiva, com pelo menos 30 moedas de prata! Ele, Judas, só estava esperando o momento certo para entregar Jesus!

Da para visualizar a frieza no olhar de Judas, o sarcasmo em seu semblante, e até posso ver um sorrisinho disfarçado no canto de sua boca: "Acaso, sou EU mestre?"
Isso reforça minha ideia de que Judas nunca "conheceu" Jesus (Leia: "A Diferença entre Conhecer e Conhecer" em meu blog : http://jacksduda.blogspot.com :))

Jesus sabia a resposta! Judas sabia a resposta! E ainda assim ele testou a capacidade e soberania de Jesus.
"Acaso, sou eu mestre?"

MESTRE???
Como Judas pode ter a petulância de chamar Jesus de Mestre?

Alguém que chama outrem de mestre, coloca-se na posição de servo, e, teoricamente, um servo nunca, NUNCA trai o seu mestre.
Podemos concluir que Judas nunca foi um servo e Jesus nunca foi seu Mestre.

Todo o plano foi concretizado, Jesus fora traído, preso, humilhado, crucificado e Judas, ah Judas, agora estava tranquilo, financeiramente tranquilo!

Não, o plano não deu certo.
Jesus fora preso, sim, crucificado também, mas hoje ELE esta vivo.

Já Judas, nem fez uso de sua "fortuna", tentou recuperar um pouco de sua dignidade (isso se ele teve alguma um dia), mas era tarde e ele acabou se enforcando de remorso! Note bem, REMORSO. Em nenhum momento ele se arrependeu.
A arrogância e o orgulho eram maiores.

Algumas vezes em nossas vidas temos a mesma tendência de Judas. Chamamos Jesus de mestre, mas muitas vezes com sarcasmo, arrogância acabamos traindo Aquele que deu a vida por nós.

Que não sejamos como Judas, que nem teve a vontade de mudar de direção, se arrepender e seguir o verdadeiro MESTRE!