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A primeira vez que ouvi o Evangelho foi no ano de 1997, mas pelo fato de ter sido criado dentro da igreja messiânica - uma religião japonesa- rejeitava o fato de eu necessitar de um Salvador. Acreditava em reencarnação e acreditava que, mesmo não sendo uma pessoa perfeita, não era tão ruim para merecer o inferno, ou como fui ensinado, o sofrimento após a morte. Achava que o fato de ser um bom filho, educado (as vezes), que respeitava as pessoas, tinha uma religião e outras coisas "boas" que eu fazia, ajudariam a "balança" de boas obras pesar mais que a "balança" dos pecados, ou das coisas ruins, e assim tinha a certeza de que estava tudo bem entre mim e Deus, e que se morresse iria para um lugar para "descansar", receber aprimoramento e depois reencarnar para uma nova etapa.
O fato de que morrer apenas uma vez não fazia sentido em minha mente (Hebreus 9:27), e pessoalmente achava que não precisava de um Salvador, pois achava que eu não estava perdido.
Porém, em meados de 1996 conheci os filhos dos missionário Eduardo e seu irmão, Shawn Alexander e logo fizemos uma amizade e passávamos muito tempo juntos, jogando algum esporte ou apenas jogando conversa fora. Eles sempre convidavam eu e meu amigo Bruno para conhecer a igreja, mas nos sempre arrumávamos uma desculpa e nunca íamos.
Em 1997 chegou uma outra família de missionário, pr. Miguel Jewell, e o que mais tinha chamado a atenção nessa família era a sua filha Ann e depois de alguns (muitos) convites aceitamos a conhecer a igreja, mas só iriamos para o encontro das mocidades aos sábados
Essa foi a primeira vez que eu entrei numa igreja Batista e foi a primeira vez que ouvi o Evangelho, mas nosso único interesse na igreja era a amizade com os filhos dos missionários e também os esportes e jogos da mocidade.
Quando o pastor estava pregando, eu nunca estava prestando atenção e sempre estava conversando, pois achava que a mensagem que ele pregava não era para mim, então, nem entrava pelo meu ouvido, ou pelo menos eu achava que não!
Eu ainda estava no colégio nessa época e sempre saia com meus "amigos" de escola para beber e "nos divertir" e eu era um daqueles jovens que dizia que nunca se tornaria um crente, e algumas vezes até tirava sarro de alguns.
Mas a amizade que tinha com os filhos dos missionários era diferente, eu gostava de passar tempo com eles, e logo estava indo para a igreja com mais frequência, fazia quase três anos que eu e meu amigo Bruno sempre estávamos na igreja, porém, não só eu, como também ele, relutávamos em aceitar a Cristo como Salvador.
Já havia deixado de ir para a igreja de meus pais e depois de alguns meses minha mãe me disse que o fato de eu estar indo para uma outra igreja não tinha problema, mas ela não queria que o motivo que eu frequentasse a igreja fosse apenas pela amizade que eu tinha formado, mas que eu fosse para a igreja com o proposito de aprender e saber o que Deus queria para a minha vida. Depois daquele dia, parece que a Palavra de Deus começou a fazer sentido para mim e comecei a perceber que as minhas obras não eram suficientes para me salvar, eu sabia que precisa entregar a minha vida para Jesus Cristo, mas ainda o meu orgulho e o medo de perder as minhas "amizades" me fizeram negar o presente de Deus e não sei quanto tempo passei rejeitando a salvação em Cristo.
No ano de 2000 estava no meu quarto e ultimo ano do colégio técnico, e os meus planos para o futuro sempre eram que depois que eu me formasse, ingressaria numa faculdade de engenharia e seguiria carreira na área em que eu já estava trabalhando.
Entretanto Palavra de Deus estava fazendo sentido em minha vida, eu sabia que precisava aceitar a Cristo, mas não tinha coragem de levantar a mão ou de conversar com alguém e lembro que algumas vezes falava para meu amigo Bruno, que se ele quisesse aceitar a Cristo poderia faze-lo, mas que eu não queria, e ele sempre falava que também não queria. Acho que não queríamos que a nossa amizade fosse "afetada" pelo fato de um ou outro não aceitar a Cristo.
Mas no dia 8 de julho, durante um culto na mocidade, o Bruno aceitou a Cristo como Salvador e aquilo serviu como um encorajamento para que eu pudesse aceitar a Cristo, e então no dia 9 de julho de 2000, no culto de domingo a noite o pastor fez o apelo perguntando se tinha alguém que precisava aceitar a Cristo, e eu posso me lembrar da luta que eu tinha dentro de mim em levantar a minha mão ou não, eu estava pronto para aceitar a Cristo, mas não tinha coragem para levantar a minha mão e me lembro ate que segurava embaixo da cadeira para ter mais certeza de que eu não levantaria a minha mão e quando o culto acabou eu estava "aliviado" pois tinha passado mais um apelo e eu tinha aguentado.
Mas pela graça de Deus, tinha um missionário, pr. Celso Botelho, que estava no fundo da igreja e viu a minha relutância e inquietação durante o apelo, e depois que o culto terminou, ele chegou ate mim e perguntou se eu queria conversar, perguntou se eu queria aceitar a Cristo, e foi naquela noite de 9 de julho, depois de pelo menos 3 anos rejeitando o plano de salvação, que eu abri meu coração para Jesus Cristo e O aceitei como meu Salvador.
Sou grato porque Deus colocou amigos verdadeiros em minha vida, que se importavam com o fato de eu não conhecer a Cristo e nunca desanimaram (acho que chegaram perto) de me convidar para a Igreja e de orar pela minha salvação.
continua...
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